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Lição #4 - O que te faz memorável? Errar.

💡 Errar nunca esteve tão na moda! Nesta edição, falamos sobre como marcas (e pessoas) podem transformar falhas em autenticidade, engajamento e conexão real. Porque, no fim, o que marca mesmo não é a perfeição – é ser diferente. 🚀Tempo de leitura: 10 minutos

Olá, meu nome é Clara e, por algumas reviravoltas inesperadas do destino, hoje eu sou professora de estratégias de negócios, marketing e empreendedorismo para alunos do ensino médio.

É engraçado olhar para trás e pensar que eu tinha tudo para chegar até aqui desde cedo, mas acabei seguindo um caminho um pouco não convencional.

Nesta newsletter, eu vou dividir com vocês o que eu venho aprendendo sobre negócios para poder ensinar os meus alunos de uma forma que traga interesse e aprendizado real.

Neste momento da minha vida, o meu interesse por empreendedorismo não vem de uma vontade pessoal de me tornar CEO da minha própria empresa, mas sim de uma curiosidade em compreender conceitos e mudanças de mercado para poder ensinar algo realmente relevante para meus alunos.

🙋‍♀️ Presente?

Lição #4 – O que te faz memorável? Errar.

💡 Já percebeu como o mundo mudou?
Se antes tudo girava em torno da perfeição — filtros, discursos impecáveis, marcas polidas — agora o que chama atenção é o erro, a vulnerabilidade e a autenticidade.

Em um mundo onde a inteligência artificial escreve melhor que a gente, não tem nada mais bonito para um professor do que ver um erro bobo de ortografia em um texto de um aluno.
Nada mais fofo — e raro — do que encontrar um “quizer” ou um “beringela”.

➡️ Isso mostra que ele tentou sozinho.
Não pediu para o ChatGPT escrever. Não copiou um texto pronto da internet.
Ele se jogou no desafio, sem medo de errar.

📌 O que nos marca não é o que é perfeito, e sim o que é único.

🤔 O que faz você ser lembrado?

Os alunos – e as pessoas em geral – que lembramos pelo nome são aqueles que se destacam.

O que fica na memória são as vacas roxas, e não as marrons.

(Calma, já explico isso aqui embaixo! 👇)

O mesmo vale para empresas, marcas, ideias e criações.
🔹 A perfeição é esquecível.
🔹 O erro, quando bem usado, vira identidade.

💡 Exemplo: Já ouviram falar do fenômeno do cabelo de Hollywood?
📹 Um artista só fica famoso depois de ter um cabelo reconhecível.

Veja o vídeo aqui (em inglês)

💜🐄 O que uma vaca roxa tem a ver com isso?

O livro Vaca Roxa, de Seth Godin (que eu já havia citado na edição passada e agora ficou na minha cabeça), fala sobre como transformar sua marca em algo memorável e diferente.

E não porque isso seja um truque para enganar as pessoas, mas porque é realmente valioso para um público saturado de redes sociais e excesso de informação.

📢 Marketing não é sobre empurrar produtos, mas sobre contar uma história real para um público que quer ouvi-la — e repassar adiante.

🚀 Ser diferente, ser estranho, ser real é mais poderoso do que ser perfeito.

🍔 Quando o McDonald's quase chegou lá...

Uma ideia que me chamou atenção recentemente foi a volta do McFish com o Duolingo.

📌 A proposta era simples, divertida e me fez ir até a loja para comprar o sanduíche.
📌 O McDonald’s aproveitou a cultura de memes e da recente morte do Duo para criar uma campanha diferente.
📌 A ideia viralizou nas redes sociais, gerou conversas e engajamento.

Mas quando cheguei na loja, não senti que a piadinha chegou até a experiência do consumidor.

Eu esperava, no mínimo, um bonequinho do Duolingo no letreiro ou que fizessem alguma brincadeira divertida na hora da compra.

Quem sou eu para criticar uma campanha do McDonald's?
Mas eu teria levado a brincadeira até a experiência do consumidor na loja.

🐟️ 🥔 Olha só, eu aqui falando que a campanha podia ter ido além na experiência, mas cá estou eu falando dela, né? No fim das contas, o McDonald's e o Duolingo acertaram no que importa: fazer a gente comentar, rir e compartilhar. A sacada de corrigir o pedido de “McFish com batata” para “Fish and Chips” já garante a interação – e a gente sabe que, hoje em dia, engajamento vale mais do que qualquer letreiro na loja.

🔥 O erro como experiência de marca

Se o erro é tão importante para empreendedores, por que ele ainda é um tabu em empresas?

Marcas inovadoras sabem que admitir falhas pode ser um grande diferencial. Eventos como Fuckup Nights, realizados em várias cidades do mundo, dão palco para empreendedores contarem histórias de fracassos e o que aprenderam com eles.

💡 O aprendizado?
Pedir desculpas e mostrar o que foi feito para melhorar é mais poderoso do que fingir que nada aconteceu.

🔹 O Nubank já viralizou ao pedir desculpas e se comprometendo com uma "agenda de reparação histórica" para promover a diversidade dentro da empresa.

Porque, no fim, o que conecta a gente com uma marca não é a perfeição — é a autenticidade.

🙅 A Nova Era do "Errado Certo"

📢 O artigo "O Caminho das Marcas para Conquistar Fãs" (Meio & Mensagem) confirma:

Hoje, consumidores querem mais do que produtos ou serviços.
Eles querem conexão real com as marcas.

🗣️ "As comunidades de fãs são importantes para o sucesso das marcas porque são autênticas, reais e geram credibilidade."

✔️ O consumidor não quer perfeição, ele quer verdade.
✔️ Marcas que erram e assumem seus erros geram mais empatia do que marcas que se mostram impecáveis.
✔️ O erro humaniza. O erro conecta. O erro gera conversa.

📌 Essa ideia não vale apenas para o marketing. A própria ciência reconhece o valor do imperfeito. O físico Marcelo Gleiser, em sua obra Criação Imperfeita, argumenta que a busca por uma teoria unificada do universo ignora um fator essencial: a imperfeição é o que impulsiona a existência e o conhecimento. Segundo ele, “o universo não é um sistema perfeito e ordenado, mas sim um espaço de variações, erros e imperfeições que geram inovação e complexidade” (Revista Educação).

Se até o universo depende do erro para evoluir, por que nós ainda insistimos tanto em esconder os nossos?

💡 A Era da Imperfeição: Marcas e Pessoas Mostrando sua Realidade

Nos últimos anos, temos visto uma tendência crescente onde marcas e indivíduos abraçam suas imperfeições e vulnerabilidades. Campanhas como Real Beleza, da Dove, e movimentos nas redes sociais como #SemFiltro e #DesafioDaRealidade incentivam a autenticidade e mostram que nem tudo precisa ser perfeito para ser impactante.

📢 E não são só as marcas! Influenciadores e criadores de conteúdo estão cada vez mais compartilhando suas experiências reais, erros e desafios. Ser vulnerável não é fraqueza – é uma forma poderosa de conexão.

🚆 O Caso da CPTM: Um trem improvável que deu certo

Nem sempre associamos empresas públicas a estratégias de branding e engajamento digital. Mas, se tem um caso que chamou atenção, foi o da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

E não só porque minha mãe trabalhou lá a vida toda — 👋 oi, mãe!

No Instagram, a conta da CPTM tem mais de 500 mil seguidores, enquanto o Metrô de São Paulo tem menos da metade (185 mil seguidores). Isso apesar de o Metrô ter mais que o dobro de usuários por dia.

🔑 O diferencial da CPTM? Comunicação autêntica e divertida.

A CPTM posta memes, responde seguidores com ironia e não tem medo de brincar com seus próprios problemas.
Isso a torna humana, real e conectada com seu público.

📹 É muito divertido ver como eles entram em todas as trends, como essa aqui.

🔚 E por hoje é só...

📢 O que isso tem a ver com você?

Seja na escola, no empreendedorismo ou no marketing, a lógica é a mesma:
Se você espera estar 100% pronto para agir, nunca sai do lugar.

Então, erre rápido, aprenda mais rápido e continue em frente.

📩 Até a próxima,
✨ Prof. Clara

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📚 Como usar isso na sala de aula?

🔎 Uma coisa que percebo em sala de aula: muitos alunos têm medo de errar, como se um erro anulasse tudo de bom que já fizeram. Mas e se o erro não fosse um problema? 🤔

💡 Pensa no Duolingo: quando você erra uma palavra, ele não te dá uma bronca. Ele só te faz tentar de novo. O erro não é um obstáculo, é parte do processo.

🛒 Exemplo: Estudo de Caso – Trader Joe’s
📌 Um supermercado que tinha tudo para dar errado, mas só cresceu.

🚀 Como funciona?

📌 Passo 1: Cada aluno escolhe um número de 1 a 25 ao entrar na sala.
📌 Passo 2: Esse número corresponde a uma pergunta sobre o estudo de caso (uso estas aqui impressas grandes para eu deixar na lousa com o nome de cada aluno)
📌 Passo 3: Eles pesquisam sozinhos por 10 minutos e respondem individualmente em seus cadernos.
📌 Passo 4: Assistimos a este vídeo juntos e revisamos as respostas uma a uma.
📌 Passo 5: Se alguém errou, ótimo! Isso vira um gancho para aprofundarmos juntos.

🟢 Por que isso funciona?
✔️ O erro vira parte da construção coletiva. Ninguém fica com medo de errar. Ou todo mundo fica com medo de errar e assim um anula o outro.
✔️ Todos contribuem. O aprendizado se torna ativo e envolvente.

💡 No marketing, na vida e até nos apps de idiomas, o erro pode ser só mais um passo para acertar. 😉

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